quinta-feira, 10 de março de 2011

Carta a um autor

Goiânia, 10 de março de 2011.
Prezado autor,
Ao final de sua reportagem, o senhor indaga a origem dos avanços conquistados pelo Brasil no âmbito da mortalidade infantil. Para se obter uma resposta, no entanto, é preciso definir os sujeitos desse processo e dividir as ações praticadas em três fases: a pré-gestação, a da gestação, e a pós-gestação.
Primeiramente, fez-se necessário desenvolver uma corresponsabilidade tanto entre os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), quanto entre o governo, a população em geral, os usuários diretamente interessados e os profissionais de saúde, fator que acelerou os avanços abordados.
Para a fase pré-gestação, o Governo tem priorizado ações específicas como a alimentação saudável, a adequação das condições de habitação e de saneamento básico, a prática de atividades físicas, o combate ao uso de drogas e às doenças sexualmente transmissíveis, e a vacinação. Isso porque, para que uma criança nasça com condições favoráveis à vida, é primordial que os pais tenham uma saúde ilibada.
Quanto à fase da gestação, o escopo maior tem sido garantir que a gestante tenha hábitos e alimentação saudáveis, contendo todos os nutrientes e condições necessários ao perfeito desenvolvimento do feto, além de um atendimento pré-natal adequado, sendo imprescindível o comprometimento dos profissionais de saúde envolvidos.
Na fase pós-gestação, por sua vez, por ter como enfoque a criança, tem sido indispensável a conscientização das mães quanto à importância do aleitamento materno e da aplicação de todas as vacinas recomendadas, bem como a fiscalização, por parte do governo, dos alimentos e das condições de saneamento oferecidos por creches e escolas.
Como o senhor pode observar, caro autor, se tais ações continuarem a ser praticadas, a tendência é que a redução seja ainda maior.
Atenciosamente,
N.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Pode o Brasil servir de exemplo para outros países?

O governo brasileiro, principalmente, no último mandato do Presidente Lula, recebeu uma gama de elogios da mídia mundial no que tange ao desenvolvimento econômico e à concepção de políticas públicas. Nesse contexto, contudo, surgem dois questionamentos.
O primeiro deles diz respeito ao efetivo ganho do Brasil nos últimos anos. No âmbito da economia, a última gestão do governo brasileiro nada mais fez do que dar continuidade ao projeto originário do Plano Real. E é bem verdade que a economia brasileira cresceu. Já quanto às políticas sociais, houve inovação. Uma das marcas do governo Lula foi sua excessiva preocupação com as camadas mais pobres da sociedade brasileira, fato que resultou na criação de inúmeros programas sociais como o Bolsa Família e o Renda Básica de Cidadania.
O que percebe o cidadão mais atento, contudo, é o fato de que tais políticas não foram suficientes a realizar uma mudança profunda na estrutura social brasileira. Ainda existem, no Brasil, muitos cidadãos analfabetos, famintos ou com problemas graves de saúde. Nesse diapasão, aparece o segundo questionamento: quanto à possibilidade de um avanço significativo no que tange ao bem-estar social do brasileiro. Pode o Brasil se tornar um exemplo de modelo social mundial a ser seguido?
Nesse sentido, um verdadeiro amparo social de toda população só será possível se efetuadas correções no próprio ordenamento jurídico brasileiro, principalmente com mudanças no sistema tributário, que apresenta grandes falhas. É necessário, ademais, realizar uma melhor aplicação das verbas estatais. Ao invés de dar dinheiro ao cidadão pobre, por que não investir no seu estudo e se mobilizar para que ele tenha acesso efetivo à educação? Por que não fiscalizar os médicos que atendem em hospitais públicos, comprar aparelhos de qualidade e construir novas unidades?
A atual gestão do governo, incluindo seus legisladores, antes de criar um modelo a ser seguido mundialmente, deve atender às necessidades do brasileiro, garantindo-lhe condições de acesso à cidadania. É esse o verdadeiro caminho para um sucesso político internacionalmente reconhecido.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fim ao escárnio tributário

O crescimento desproporcional da carga tributária em relação ao desenvolvimento econômico brasleiro, a cada ano, demonstra que o sistema tributário do país encontra-se problemático. por sua vez, a conjuntura política brasileira gera a desconfiança do cidadão, que passa a questionar onde estão senao aplicadas as verbas que o Estado recebe dos contribuintes. Nesse diapasão, surge a hipótese de uma Reforma Tributária.
A primeira modificação a ser feita concerne à grande variedade de impostos existentes no Brasil. Especialistas como Kyoshi Harada, entendem que o problema está na aplicação e distribuição do que foi arrecadado, e não do valor recolhido dos contribuintes. O aumento da carga tributária não tem visado à sua finalidade precípua, mas sim ao custeio de serviços e atividades desvinclados do interesse-fim da Administração Pública.
O papel dos tributos é, estritamente, o de produzir recursos financeiros indispensáveis ao cumprimento de finalidades genéricas, e, para tanto, a altíssima carga tributária não se mostra necessária.
Outra alteração que deve ser realizada fiz repseito aos inúmeros incentivos fiscais possibilitados pelo sistema tributário brasileiro. Tais benefícios, ao desonerar alguns, acabam por onerar outros, que restam prejudicados. A observância dos princípios da isonomia e da universalidade são imprescindíveis em um Estado Democrático de Direito como a República Federativa do Brasil e buscam impedir que privilégios desnecessários sejam concebidos no ordenamento jurídico.
Inobstante tais propostas, a mudança primordial é a do caráter dos legisladores, administradores, aplicadores da lei, e, inclusive, dos cidadãos. Costumes como a sonegação de impostos e a corrupção devem ser urgentemente abolidos da sociedade brasileira.
Se a base é falha, então toda uma estrutura está fadada ao fracasso.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

questionamentos sobre a dança...

Ontem fui a uma apresentação de dança contemporânea do Grupo Contato, que, por sinal, foi maravilhosa, e, ao final, os bailarinos e a diretora do grupo responderam a certas perguntas realizadas pelo público. Em uma de suas respostas, a diretora comentou que o mundo da dança gera uma pressão muito grande sobre os bailarinos, pois existe uma exigência quase que geral de que um bom bailarino deve ter pernas altas, um bom eixo e ser endeor. Tal comentário me fez refletir e até realizar uma pergunta sobre como a diretora selecionava os componentes de seu grupo, a qual foi respondida no sentido de que seria mais uma questão de “feeling”. Difícil pensar sobre isso tudo. Há sempre os dois lados: 1) respeitar as limitações de cada bailarino e valorizar, sim, sua paixão pela dança; 2) prezar pela estética dos espetáculos e selecionar bailarinos que executem os movimentos com um certo nível de “qualidade”. Nesse diapasão, questiona-se, inclusive, o conceito de qualidade e beleza. O que seria um espetáculo belo, agradável de se ver? Diversos elementos podem ser apontados: 1) eficiência dos bailarinos; 2) sincronia dos movimentos; 3) formas visuais que agradam; 4) trilha sonora; 5) efeitos de luz; etc. A partir disso, surge o questionamento a respeito da profissionalização da dança e de sua mercantilização. Pergunto: a dança é um tipo de arte ou uma profissão? Deve ser vista também como meio de subsistência ou apenas como expressão da arte e percepção do prazer? De qualquer modo, eis o meu posicionamento em relação à dança (por enquanto…): danço porque me dá prazer, porque me dá saúde, porque me une aos meus amigos bailarinos, porque me traz elogios, porque me traz a oportunidade de subir no palco e sentir aquele friozinho na barriga, porque me faz conhecer meu corpo, porque me faz exercitar meu corpo, porque me faz ficar cansada, porque me faz suar, porque me faz gastar energia, porque me dá uma paz de espírito, porque traz entretenimento às pessoas!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Assistam "Nosso Lar"

O filme conta a história de André Luiz, um médico, pai de família, que morre e percebe que a vida continua. Uma verdadeira aula sobre o Espiritismo!